terça-feira, maio 24, 2005

Barbeiro

Por falar nisso, mais uma vez, me recordo muito bem de quase todos os barbeiros pelo qual passei.
O primeiro, ainda criança, era um daqueles que tinham carrinhos coloridos. Só lá que eu ficava quieto para aparar os meus cachos.
Depois dali pulei direto pra português ali da praia - do qual fui freguês por toda a minha adolescência. No início - ainda pequeno - precisava de um banco improvisado com uma tábua de madeira apoiada sobre os braços da cadeira do barbeiro. Acontecia muito de chegar na barbearia e o português estar dormindo, babando de boca aberta. Quando em atividade, o gajo contava a vida de todo mundo do bairro, entre escarradas na pia e pausas para comer uma banana.
Depois dessa referência eu mesmo passei a cortar meus cabelos - e fiquei quase um ano só passando máquina - o que dá muito menos trabalho em todos os sentidos.
Depois que comecei a namorar a minha esposa foi criada uma demanda específica e, depois de muito rodar na mão de verdadeiros barbeiros, agora tenho um que é oficial, onde vou de 2 a 4 vezes por ano aparar os cachos, que hoje já são constituídos inclusive de alguns cabelos brancos.

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